quarta-feira, 20 de junho de 2012

Os Catadores de Conchas


 


Acabei de ler há pouco, esse belíssimo romance escrito por Rosamunde Pilcher, e gostei tanto que até me animei de escrever no blog novamente.

Os Catadores de Conchas é uma saga familiar que gira em torno da vida de Penelope Keeling, uma mulher corajosa, uma mulher comum, uma mulher da vida real, que tem sua vida modificada para sempre pelas circunstâncias da II Guerra. Uma mulher que tem seu destino afetado pelas próprias escolhas, e que, em algum momento, tem suas escolhas afetadas - irreversivelmente - pelo destino.

Carinho. Se eu tivesse que escolher uma palavra para definir o desenrolar da vida de Penelope e daqueles que a cercam, seria essa: carinho. Pois é exatamente assim que me senti lendo o livro, acarinhada por cada palavra. A obra toda é absolutamente poética.

Além de ter trechos lindíssimos e profundos, que certamente se tornam inesquecíveis para quem a lê, a história nos mostra não só o amor verdadeiro, mas vários outros sentimentos humanos, que vão da gratidão ao ressentimento, da solidão à mesquinhez, com realidades e leveza sem igual. 

É um livro para ser degustado, saboreado com muita calma e amor. É um livro para ser, sobretudo, sentido...  

Um luxo sem igual, um luxo definitivo!
(E essa frase, só quem ler o livro vai entender.)



segunda-feira, 18 de junho de 2012

O retorno

 *




Gente do céu! Meu blog está completamente abandonado. Que vergonha...

Nem vou tentar justificar esse super sumiço, porque não tem explicação mesmo. O fato é que tenho dedicado todo o meu tempo livre a ler, ler, ler sempre e compulsivamente, escrever um romance e programar uma viagem mochileira que devo fazer agora no segundo semestre, pela América Latina.

Maaas, bora lá, quero retomar esse meu cantinho! 

Estou pensando em, a príncipio, escrever sobre os livros que tenho lido. Além de dar algumas dicas de filmes também. 

Sem esquecer nunca, que não tenho nada de crítica literária, tampouco de cinema. O negócio aqui, entre a arte e eu, é completamente passional! hehehe

Então é isso... Até logo menos!




*

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A cura...


Amar. Amar. Amar. 

Um único verbo: AMAR!

E porque maldição quando ele nos invade, não dá nem para tentar com palavras explicar?

É sentir o coração bater rápido no peito, as pernas bambas, mãos úmidas e o mundo todo girar?

É a calmaria, o companheirismo, o estar ao lado de alguém porque é bom e cômodo estar?

É tudo isso? Nada disso? É o que amar?

É rir sozinho de felicidade sem motivo aparente?
É sentir o cheiro do outro mesmo quando ele está longe?
É aquele emaranhado de lembranças que insistem em ficar? 

É sentir saudade até quando se está junto?
É olhar a lua e ver nela uma beleza que nunca antes pudera enxergar?
 
O que é, por Deus, amar?

Tudo que sei é que por esse tal de amor,  esse sentimento misterioso, inexplicavelmente intenso, tantas vezes incoerente e insano, tantas outras lúcido, acertado, beirando o paupável... Mas sempre humano e por isso, louco...

Que por ele, por ele, e só por ele,
Me deleitei e entorpeci em meio aos mais aterradores prazeres d´alma...
Naqueles que foram os maiores acertos de minha vida.

Que por ele, por ele, e só por ele,
Sofri a dor descomunal, física, devastadora, infernal...
Naqueles que foram meus mais terríveis e temíveis erros.

E apesar de todas as incertezas, em todos os casos, sem exceção, de uma coisa não ousei ou ouso me arrepender... De ter amado! De possuir o dom precioso de amar... E TANTO!

Cometi loucuras e disparates. Fui tola, estúpida, irracional. Fui cruel, irresponsável, infantil...

Fui quase que d.e.s.u.m.a.n.a.m.e.n.t.e FELIZ...

Fui eu mesma mais do que em qualquer outro momento da vida...
Abri minh´alma, meu coração, e os coloquei nas mãos do ser amado...
Assim... Simples assim (complicado assim?)...

Mas também já fui quem não era, na vã tentativa de fingindo, agradar...
Fui durona querendo chorar, indiferente quando desejava de joelhos implorar, falsamente racional quando estava prestes a desabar...

Eu já disse "não esperava que vc dissesse que eu sou a mulher da sua vida", quando isso era só (ou tudo) o que eu queria ouvir e ser, no mundo... E nada, absolutamente nada mais!

De tão passional, já agi com orgulho, com auto defesa, com imaturidade... 

Eu já me humilhei!
Já me joguei, me abri, me fechei, menti...
Já me deixei usar, fingi que não me ressenti, sofri, cai, levantei, sobrevivi...

Fui tudo, fui nada... 

Mas de tantas e tantas formas amei, desamei, escondi, demonstrei.
Que se foi certo ou errado, quem poderá julgar?

E afinal, pra quê? Por que?

Quem poderá dizer que se é amor, e havendo dentro dele, o mais sublime dos sentimentos, tantas outros sentimentos e tão contraditórios entre si, existe qualquer coisa ridícula no amor? Que existe humilhação no amor? Que pode haver limites para o amor ou no amor?

A mim, que não conheço as respostas, basta a certeza de que sempre, invariavelmente, as coisas que vivi de verdade, vivi em nome desse tal verbo precisamente impreciso, que me move!

E quem sabe um dia, de tanto sentir, esperar, sonhar, eu possa talvez, e somente talvez, descobrir se haverá afinal, uma cura para o amor, que não seja amar mais, mais, mais, infinitamente mais...

sábado, 4 de junho de 2011

Turbilhão de sentimentos


Depois de um bom tempo afastada do meu "cantinho", cá estou dando as caras novamente, hehehe... Pra que? Não sei bem. Só falar provavelmente...

O fato é que tenho escutado um pouco (ou muito) de Paula Fernandes ultimamente, além é lógico, de como cinéfila incurável, estar assistindo, na medida do possível, filmes, filmes e mais filmes... Problema nenhum, se eu não fosse uma pessoa, definitivamente, muito influenciada (e influenciável) pela arte. Fato incontestável!

Bom, dentre tantas belas canções, tão lindamente interpretadas por ela em voz e violão, e dentre tantas cenas vistas com os olhos e sentidas com o coração... Algo inusitadamente salta aos meus olhos e ouvidos... E como que por mágica, numa fração mínima de segundo, eis-me arrebatada... Arrebatadamente lida, entendida, descrita, e de tão escancarada, vulnerável... 

É isso: "estar assim, sentir assim, um turbilhão de sensações dentro de mim..." - Sempre, invariável e implacavelmente... Com força, na totalidade e durante todo o tempo... 

A cada gesto e palavra, a cada carinho e respiração, a cada lembrança de amor e dor, a cada movimento, traço e odor, a cada passo, lágrima, cada sorriso de felicidade ou torpor... A cada olhar... E até na falta, na inércia, no silêncio necessário, naquele cruel e devastador... A cada brisa morna,  raiar de sol... Na escuridão da noite ou sob a luz do dia... A cada lufada fresca de ar, cada tempestade de vento ou na calmaria... Foi e é assim: sentindo assim, estando assim, num turbilhão de sensações... De mais, mais, mais e  infinitamente mais sensações dentro de mim... 

Mistura estupidamente desvairada e sã, que de tão humamente intensas tornam tudo assim, tão desumanamente doloridos ou fantásticos pra mim...

"Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço, eu me aqueço, eu endureço, eu me derreto, eu caio em forma de chuva, eu reconheço, eu me transbordo"

Eu me transbordo, eu me transbordo, eu me transbordo... E eu me transbordo...

Me transbordo tanto, que cada momento de êxtase, mesmo aqueles que só duraram uma fração inominada de tempo, que de tão curta foi a todos os outros imperceptível... Foi eterno em mim!

Ah, todos aqueles momentos que de tão perfeitos chegam a ser assombrosos, que de tão magníficos são monstruosos, que de tão verdadeiros são aterradores... Por Deus, se cada um desses momentos, foi (e for) apenas um momento, que nunca mais vai se repetir, então esse momento foi e é MEU... Isso, só isso (ou tudo isso) vale uma vida!

Momentos que eu certamente respirei, que sem resistir eu me entreguei, enlouqueci, momentos dos quais vivi, nos quais exaustivamente senti... Profunda e eternamente... Por que? Porque eu transbordei!

E eu me transbordo...




A música: Sensações
http://www.youtube.com/watch?v=-BWit9kFJUQ
O filme: Amor & Outras Drogas
http://www.youtube.com/watch?v=jLRdgp4qM24

sábado, 2 de abril de 2011

Um presente sem igual


**

Hoje, dois dias antes do meu aniversário, eu me encontro nesse terrível, temível e insuportável "inferno astral", aquele momento, que só agora descobri, não é ruim em essência, pois embora doa ou incomode agora, serve para que nos desapeguemos do passado, do que já foi, serve para que deixemos para trás tudo aquilo que não nos faz e nem nos fará mais feliz. E após, só após esse desapego, possamos nos abrir novamente, para o novo, para o inesperado, numa espécie de saborosa e necessária RENOVAÇÃO...

Passando por esse furacão sentimental que esse "inferno" trouxe consigo, acabei por me lembrar de um poema, um poema único, um poema cujas palavras mais delicadas não seriam capazes de descrever, um poema escrito, desenhado, formado, iluminadamente criado por um dos meus poetas preferidos no mundo, e que tenho o prazer de "conhecer", um homem incrivelmente louco, com tive a imensa felicidade de dividir deliciosos momentos de criação poética... Esse alguém estupidamente talentoso chamado POETA MORENO.

Esse poema em especial, que tomo a liberdade de postar e aqui dividir com os meus amigos, guardo no mais profundo do meu coração, de minh´alma, de minha jornada... Esse, que me fez chorar tanto, nas milhares de vezes em que o li, em que o senti, em que o amei... Esse, imortal em mim. Um dos poemas da minha vida, que me foi, tão delicada e gentilmente dedicado. Esse, que me leu... Tanto. Tanto. Tanto!

Obrigada meu querido Moreno, poeta mágico, por esse inesquecível presente e por tudo, desde sempre e até sempre...


**


AFINIDADE POÉTICA


Porque assim, agora?...
De que adianta voltar ao teu passado sem glória?
Alguém, pelo menos acariciou as tuas idéias?
E o teu acalanto, quem ouviu?

Porque não rebuscas nas esquinas do teu cérebro,
aquelas anarquias todas, que,
fantasiada, apresentastes para uma platéia medíocre,
que não te aplaudiu, e nem ao menos te sorriu?

Porque não retornas alguns passos mentais
pelas estradas percorridas por teus pés já cansados,
para descobrir o que faltou acrescentar?
Por exemplo: para onde fugiram todos os seus heróis?

E os teus sonhos?
E as tuas lágrimas?
E os teus sorrisos?
E as tuas verdades, as tuas mentiras e os teus princípios?!
Merecem , simplesmente serem esquecidos?

Senta-te, em qualquer elevação da linha do Equador,
divida um palmo da tua razão
por qualquer número que te vier a mente e mentalize,
um inebriante suspiro no jardim de Versailles...

Agora mergulhe, mergulhe bem fundo,
quantos pés sejam necessários
para extrair de lá, envolta por algas,
a pétala que foi esquecida por ti, de propósito!

Ainda te lembras das rosas que deixastes cair pelas tuas estradas?

Não se preocupe,
poucos saberão o nome daquela sua rosa preferida;
mesmo que ela, a rosa, tenha conhecimento
desta sua preferência sofrida,
platônica...

Ainda quer recomeçar?
Diga!!!
Ainda queres plainar por sobre os quadriláteros
das distâncias que você não conquistou,
por não ter sabido ganhar?

Então, cante aquela canção;
aquela canção que você fez só para você...
Vamos..., cante baixinho, bem baixinho,
tanto, que só você possa ouvir...

Suavemente, diga para você mesma:
eu me amo...
(bem baixinho, só para você...)
eu me amo...

agora sorria...,
sorria muito, bem grande,
eles continuarão te amando com a mesma alegria,
mas, não tão amplamente,

como eu te amo,
poeticamente...

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18/02/2010
MORENO (retornando de lugares distantes...)


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sexta-feira, 1 de abril de 2011

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FRÁGIL DE QUE COR?



Hoje eu acordei!
Me abri para uma nova dimensão...
E briguei fortemente com o espelho...
Não é vaidade! 
Nada tem a ver com aparência!
Loucura?
É só que aquela pessoa...
Ela insiste irritantemente em tomar meu lugar.
E eu necessito ser quem sou!
Quem é a real? 
Qual sou a eu de mim mesma? 
A verdadeira? 
Essa, ou aquela que vejo ao contrario?
Se não tiver resposta, ao menos me dê a mão...





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quarta-feira, 23 de março de 2011

Outra loucura...



P R I S I O N E I R A 


Se você não pode simplesmente ser aquilo que é, então qual é a razão? A razão de viver, de existir, de estar aqui?

Se você é assim, se foi "feito" assim, ou se desse jeito o meio em que vive te formou, acentuando seus defeitos, virtudes, sua personalidade...

Se dos erros e acertos, das felicidades e dos tropeços, foi só, ou tudo o que de você restou... Se esse é o "eu" que você construiu, que você encontrou; então qual o problema em ser assim, quem você é?

Se você vive, ainda que sem perceber ou querer, sentindo o que sente, fazendo o que faz, tendo as necessidades que tem, sendo o que é de verdade, o que pode haver de errado? 

"Por que sou assim? Por que tenho que ser assim? Por que todas as coisas precisam sempre, e tão invariavelmente, me tocar tanto, de forma tão profunda e visceral? Por que não posso ser eu, um ser humano normal? Por que?"

Tantos "porques", tantos "será" e "talvez"... Infinidade de perguntas. Aonde estarão guardadas as respostas? Existirão?

Haverá sequer um ser humano normal? Não procurará esse então pela loucura? Quais serão as suas perguntas? 

CADÊ A CHAVE?

É tão sensatamente maluca a maneira como as pessoas mesmo sendo tão diferentes,  aprendem a lidar com suas desigualdades, de forma igualmente contraditória... Opressora, benigna, julgadora, solidária, voraz, implacável. 

É isso, somos implacáveis! 

Diferente e implacavelmente humanos...

Em uma dessas minhas "viagens", procurando por palavras que eu sabia de antemão não iria encontrar, mais uma vez me despi de mim mesma, contaminada por aquela maldita emoção exagerada que me toma, por aquela maldita emoção exarcebada que me expõe, por essa maldita emoção doentia.
 
Alguém, que obviamente julguei mais insensato que eu, ousou me dizer que eu tinha sorte. É sorte! De ser como sou, de não ter vergonha, de ter coragem de me mostrar assim... Como sou.

Disse mais do que isso, disse que eu tinha sorte de sentir tanto, tudo... Porque a razão, a razão aprisiona a alma e o coração...

Nossa... Como que num turbilhão louco, eu entrei de cabeça nessas palavras e à deriva naveguei, assim, sem rumo, sem prumo, sem nada nem ninguém... 

Pensei, refleti... Repensei...

Por um instante qualquer, que não sei dimensionar, me senti L-I-V-R-E!

Claro, a razão aprisiona o coração, limita o ser humano, não permite que ele simplesmente se deixe levar... A razão é companheira do medo, da falta de coragem, da sensatez estúpida, que nos impede de viver a melhor parte da vida, aquela que vivemos com o coração!

Ai lembrei do Pequeno Príncipe que há tantos anos, dentre tantas e inúmeras lições de vida e humanidade, já havia deixado uma, fundamental: "Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." **

Mas fui e sou obrigada a cair em mim novamente, não posso me  esconder e fugir daquilo que sou!

Como posso esquecer o quanto e quão veementemente acreditei haver algo errado comigo? E as inúmeras vezes em que desejei aterradoramente mudar, as milhares de vezes que tentei, naquelas que com força atroz, me debatendo, pecando, errando, chorando... Lutei?! POR DEUS, COMO EU LUTEI!

E essa luta voraz, essa tentativa torpe de ser melhor, ou pelo menos quem sabe, diferente... Ahhh, essa luta, pra mim mesma eu perdi! Nessa, eu não consegui me vencer...

Me vem à mente a tal da coragem... E sabe? Se eu escrevo, se coloco para fora, se me dispo de mim mesma, se desnudo minha alma, é por necessidade, e não desejo ou coragem!

Fui e serei sim julgada! Se dói? Dói muito! Mas foi, é e será sempre assim. Nem todos concordarão, aceitarão ou sequer acreditarão em mim...

O fato, é que nenhum deles poderá mudar a única realidade: o ser que essencialmente sou e não consigo deixar de ser!

Uma prisioneira. Prisioneira do meu coração, da minha alma... Prisioneira eterna dessa imensidão, desse infinito assustador de emoção!  ♥



** Citação do livro "O Pequeno Princípe" de Antoine de Saint-Exupery



♥♥

segunda-feira, 14 de março de 2011

Texto/Crônica



IRRACIONAL? E DAÍ?


Aqui, bem aqui dentro do meu peito, bate, vibra, inquieto e louco, um coração quase que alucinado. E ele bate com tanta vontade, tanta sede de vida e intensidade, que mesmo ciente de toda a incoerência, insensatez, da falta de razão, da estupidez, ele continua batendo assim, e só assim ele consegue bater.

Sofrendo, sorrindo, chorando, ou seja lá o que for, eu, e ele que me move, seguiremos assim, SENTINDO...

Sabe, as vezes é difícil ver-se um ser assim tão passional, emocional, muitos diriam irracional!

Mas a verdade é que nem por um segundo sequer posso tolerar a absoluta falta de sentidos, o vazio de sentimentos, a acomodação, a quietude da alma, o breu, o vácuo, a paz proveniente do nada...

Mil vezes a dor de ter me entregado, me encantado, me iludido, me decepcionado.

Mil vezes ter me deliciado, rastejado, enlouquecido, me lambuzado e me humilhado.

Mil vezes o engano de ter vibrado, acreditado... E me machucado...

Mil vezes essa inquietude que me corrói por dentro, essa visceralidade que me move, que me faz sentir tudo, tão fortemente, tão ardentemente, tão com-ple-ta-men-te!

Milhares de vezes grito e repito, com todas as letras e sem titubear, milhares de vezes ter A M A D O!!

Centenas de milhares de vezes ter sentido e continuar sentindo TUDO, cada segundo, cada movimento, cada partícula de dor, de amor, de tempo; ao entorpecimento indiferente provocado pela covardia de não ter sequer arriscado.

Por isso, eu, que nada sei, nem sobre o amor, nem sobre coisa alguma, quanto mais observo o mundo, as pessoas à minha volta, seus encontros e desencontros, ilusões e desilusões... Quanto mais confusa fico, quanto mais percebo a minha falta de domínio sobre as pessoas, as coisas e as vezes até sobre a minha própria vida...

Contraditória e insanamente, carrego mais e mais a certeza, de que nunca, jamais, aconteça o que acontecer, doa o quanto doer... Não importa, eu não serei enterrada viva! Eu me recuso!

E enquanto houver um resquício de ar, enquanto houver uma lufada, uma brisa, uma centelha de esperança, eu não desistirei daquilo no que realmente acredito, que é tudo, que é a razão de existir, que é a própria vida... Daquilo que é e sempre será começo e fim, o não e o sim, em você e em mim... O AMOR!!



quinta-feira, 10 de março de 2011

Poema


 SE


Se eu lhe pedisse ardentemente um beijo
E tu, ousado, loucamente me concedesse
Saciaria momentânea ou eternamente meu desejo?

Se eu lhe rogasse por um único abraço
Se com ternura, ainda que falsa, me desse
Estaria em seus braços meu lar, meu regaço?

Se eu quisesse só, um pouco de carinho
E com um tanto dele, tu me presenteasse
Teria eu com isso, encontrado o caminho?

Se de joelhos eu lhe implorasse por amor
E por um motivo qualquer, tu me amasse
Mataria, arrancaria do meu peito essa dor?

Se eu pudesse conhecer o teu maior segredo
Se dele fizesse parte, se os mistérios desvendasse
Isso expulsaria de mim milagrosamente, o medo?

Se eu deixasse de em ti e só em ti, tentar a cura
Se pra dentro de mim com sinceridade olhasse
Cessaria enfim essa insana e doentia procura?

Se eu parasse de em ti infinitamente buscar e buscar
Se nos detalhes, na jornada, mais atenção prestasse
Não viria eu, de coração aberto, à verdade encontrar?


Texto

 ♥

SÓ MAIS UM PENSAMENTO SOBRE O AMOR...

Eu sempre me pego pensando em porque maldição eu sou assim, tão estupidamente romântica, inocentemente sonhadora.

Talvez eu seja fruto de uma geração em que os relacionamentos são superficiais, em que as pessoas não se abraçam com frequência, em que é dificil ouvir alguém dizer para o próprio pai: "Cara, eu amo você!".

Para uma pessoa intensa como eu, talvez isso, essa superficialidade tenha gerado bem aqui dentro, uma espécie de carência desse tipo de afeto, desse carinho genuíno, desse querer bem por querer bem, sem que seja necessário motivo, explicação...

Esses dias eu vi um filme que me fez ver tudo sobre uma seguda perspectiva... A de que talvez eu seja assim porque eu cresci completamente influenciada pelo romantismo doloroso do pop rock.

Eu aprendi a viajar ao som do Bon Jovi cantando "I'll be there for you", Guns N' Roses e seu "Patience", Lulu Santos sendo o "Último Romântico", os Paralamas ensinando que "saber amar é saber deixar alguém te amar", avisando "cuide bem do seu amor, seja quem for", e mostrando como "a gente até odeia quem ama, por quase um segundo, mas que depois, a gente ama mais"...

Pra acabar de melar a história toda, tem aquele tal de Cazuza né? Esse é culpado sem direito a julgamento! Me fazer acreditar que ser tão estupidamente exagerada é normal! Que é normal eu deixar de respirar, que é normal eu morrer de fome, se você não me amar!!

E como se não bastassem as trilhas sonoras, ainda houveram os filmes e livros de amor, ahhh, esses imperdoavelmente me reviraram a alma, me fizeram o avesso do avesso do avesso... Neles, com eles, por eles, senti dor, piedade, paixão, torpor... 

Como esquecer a última cena de O Paciente Inglês "- Eu sempre te amei"... essa fala, essa cena, essa, ainda que eu viva 500 anos, essa não vai me abandonar!

E os poetas? Desses me recuso sequer a falar... Malditos sejam! Bando de fingidores, que fingem tão completamente, que chegam a fingir que é dor, a dor que deveras sentem!

Será? Será que sou mero produto tolo de uma geração artística que me fez acreditar piamente numa ilusão, numa história inventada?

Ah eu não quero acreditar... Porque já senti na pele a força e o poder desse sentimento insano e mágico, que alimenta a alma e corrói as vísceras a um só tempo!

Seja lá quem ou o que é responsável por esse ser estranha e peculiarmente exagerado e romântico que me tornei, tudo que importa ao final, é que por mais que eu tenha tentado, eu não sei mudar, não sei ser diferente, não sei ser INDIFERENTE.

Eu ainda choro ouvindo uma música de amor! Eu ainda choro assistindo Casablanca ou lendo Neruda, e, pior, eu ainda acredito, acredito, acredito, e não sei deixar de acreditar nesse tal de amor!

Como podem as pessoas ter tanto medo de se entregar? De se relacionar, se envolver, se apaixonar?

Tá, você pode sofrer? Pode errar? E daí? Nós cometemos tantos erros na vida em nome de coisas tão banais...

Então, por que? Que se danem os erros, os medos, enganos, impedimentos, tudo! Isso é tão pouco, é tão nada, se você puder sentir nessa vida, por cinco minutos, a magia de encostar as suas mãos na de alguém e sentir o seu corpo levitar...

Se vc puder recostar a cabeça em seu peito e saber que ali está o seu pedaço preferido no mundo, o seu universo particular...

Se você fizer aquela pessoa sorrir, e ver no sorriso dela o verdadeiro significado da felicidade...

Se mergulhar em seus olhos na certeza de que ali, é definitivamente, o lugar aonde você gostaria de se afogar!

Se você puder, ao menos uma vez na vida, sentir-se pleno ao lado de alguém, só por tê-la ali, naquele exato pedacinho de tempo, ao seu lado, só pra você, só por você...

Se você puder sentir uma única vez o poder, o contentamento, a plenitude, o encantamento, o êxtase, a SUBLIME sensação de AMAR...

Ah! Você ousaria dizer, que acontecesse o que acontecesse depois, não teria valido a pena?

Você ousaria dizer que a melhor parte da vida, não é, definitivamente, saber amar?




terça-feira, 1 de março de 2011

♥♥♥


Vivi cada momento, cometi cada loucura, e dentre os poucos acertos, os inúmeros erros, as pessoas que machuquei e as que loucamente amei. Levo comigo a intensidade, de todo momento, de cada  passo, de uma vida que talvez não tenha feito sentido algum. Ou talvez tenha... Quem vai saber? 


Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é "so easy" se viver
Hoje eu não consigo mais me lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quanto maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
Mas o AMOR me cura
De uma loucura qualquer (...)
Estúpida, insensata, louca, infantil,
inocente, carente, demente, 
romântica, ridícula, intensa,
intensa, intensa, intensamente intensa....
E se isso for algum defeito
POR MIM TUDO BEM!!
TUDO BEM, TUDO BEM!!


Dei uma mexida bem particular nessa pérola do Lulu... Mas é só mais um errinho tolo, é só mais uma bobagem, da qual nem se orgulhar, nem se envergonhar...

Humanamente....

♥♥♥

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Amor?



Hoje, dando uma olhada num blog que aprecio e que por isso mesmo frequentemente visito, me deparei com um vídeo e uma música lindíssima que me fizeram chorar e pensar... Pensar sobre muitas coisas, e em especial naquelas relacionadas ao coração.

Quem me conhece, ou já parou para dar uma lida em qualquer coisa que escrevo por aqui, certamente notou que sou uma "amante do amor", desse sentimento misterioso que mexe com as pessoas de forma única, devastadora, avassaladora e algumas vezes, irreparável!

E é assim... Sempre penso no amor, e quando digo amor, me refiro ao sentido mais amplo da palavra. No amor pelas pessoas, pela natureza, pelos animais, pelas imagens, pela música,  pela poesia, enfim, amor, simplesmente amor, toda forma de amor!

Mas hoje, essa música me fez pensar em mais do que isso, me fez pensar no que se faz ou pode fazer por amor. No poder do amor, ou na sua superficialidade... Se é que podem essas palavras: AMOR e SUPERFICIALIDADE serem ditas numa mesma frase!

E aí eu me recordei de um livro que li há muito tempo, um livro belíssimo, tocante, eterno, de um dos meus autores favoritos, Gabriel Garcia Márquez: O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA!

Esse livro foi adaptado pra cinema, e o resultado foi um filme belo e muito romântico, como aliás, não poderia deixar de ser:





Ao final... E de tudo, me restam apenas algumas poucas conclusões, ou talvez nem seja isso, mas enfim:

- Um amor verdadeiro pode vencer todas as barreiras, do tempo, do espaço, da distância, das impossibilidades, de tudo e até mais!

- Já outros amores, não são capazes de resistir a uma semana, vinte dias, um mês, a uma ausência, uma distância, a uma única adversidade...

Ainda assim, quem vai ousar dizer que não foi, é ou será amor?


♥♥

sábado, 19 de fevereiro de 2011

apenas mais uma de amor...



ENGANO

Entreguei a ti bem mais que meu coração
Lhe dediquei toda e cada palavra
Imagens, momentos, promessas embriagadas de paixão...

Só a ti, a mais ninguém, pertenceu meu melhor sorriso
Meus sonhos, minhas lágrimas de saudade
Tudo, tudo... E além do que julguei preciso!

Acreditei estar em ti a tal felicidade
No teu sorriso procurei secretamente a cura,
Nos teus olhos, calada, implorei por verdade.

Perdida em caminhos perigosos de sedução
Fui cega aos sinais, ignorei qualquer maldade
Me doei, dominada pela mais profunda emoção!

Em juras de amor, tola, mergulhei desarmada...
Vivi deliríos, loucuras, abandonei a sanidade
Busquei visceralmente ser por ti amada!

Pra que? Por que?

Mais uma vez me feri. 
Me feri de ti.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011



Infelizmente, eu não conheço a autoria dessa frase, tão significativa, tão cheia de verdade e sentimento, mas ela é incrível, não é?

"A fase mais difícil do amor 
é quando sabemos que ele deve morrer, 
mas não temos força para matá-lo."


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nesse momento



Hoje, em meio a um surto de falsa inspiração, possivelmente provocada por esse turbilhão ilusório de sentimentos pelo qual me encontro tomada, eu escrevi um texto enorme e patético que num primeiro momento pensei em postar aqui. Era um amontoado de palavras que falavam de amor, saudades, decepção, dor, angústia, felicidade, espera, encontro, contentamento e etc, etc, etc...

Ao final, por qualquer razão, todas aquelas palavras tornaram-se sem sentido, desnecessárias, tolas, quase que vazias mesmo.

Então, fico com uma "gracinha" que a minha avó sempre me dizia, e na qual eu sempre, invariavelmente retorno:

"O amor é uma frutinha.
Ora doce, ora azedinha..."


segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quintana (em mim)




Tenho lido muito Mario Quintana... E por Deus, é soberbo!

"E se o que tanto buscas só
existe em tua límpida
loucura, que importa?
Isso... Exatamente isso, 
é o teu diamante mais puro!"


♥♥♥

 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Amor, medo, espera



ESPERA

Tenho medo
Do tempo, da distância
Das horas, do esquecimento
Da ilusão, da circunstância
De não ter mais um único momento...

Tenho medo
Da falta de uma doce lembrança
Da morte precoce do sentimento
Do poder destrutivo da insegurança
Do seu insano e cruel tormento!

Tenho medo
Da maldita e tortuosa ausência
De desistir, de não suportar
Ou de fomentar a falsa esperança
Medo de jamais concretizar...

Tenho medo
Da estupidez da desconfiança
De ver os sonhos ruindo, acabar...
De ter só o desamor como herança
Tenho medo aterrador de me enganar!

Ainda assim, espero...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um alô, um tchau, um "até logo"



Olá pessoas,

Então... Complicado, mas vamos lá! rsrsrs

Tenho me sentido assim, algumas vezes, como que em "débito" com as pessoas que sempre e tão gentilmente, passam aqui pelo meu cantinho, nem sei bem a procura de que...

Alguns são bons amigos, outros são pessoas interessadas em quem sabe um ou outro verso que lhes atraia, lhes toque a alma e o coração!

Realmente não sei, mas seja qual for o motivo que os faz parar alguns minutos do seu dia, e passar por aqui, quero de todo o coração agradecer... Nem tenho palavras pra dizer o quanto me faz bem receber as visitas e os comentários delicados de sempre!

Obrigada!

Não, isso não é uma "despedida"... E não, eu não deixei de escrever, porque sem isso o que me restaria afinal? 

É certo que vivo meus momentos de hiato criativo, momentos como esse, nos quais estou inteira e internamente morta, momentos em que permito que minh'alma, se desligue de mim e permaneça suspensa em algum lugar, um buraco vazio entre os sonhos e o abismo... Mas sei também que é um vazio necessário para me refazer. O grande problema é que nunca sei quanto tempo vai durar ou porque acontece.

Hoje em especial, depois de tanto tempo sem postar nada, só vim dizer, que embora esteja escrevendo, definitivamente não há nada que valha a pena compartilhar... 

Costumo dizer que escrever é uma necessidade, a única forma de me esvaziar de mim mesma e de tudo aquilo que tão intensamente me inunda, em ondas de sentimentos,   ondas turbulentas, ferozes até, fortes demais para que eu possa suportar "calada".

Não sei até quando vai esse meu "afastamento" do blog, essa falta de inspiração e vontade de falar sobre coisas que as pessoas gostam de ouvir (ler), especialmente sobre o amor, esse sentimento contraditoriamente sublime, que me move e fascina, que me eleva e ilumina!

Na falta das palavras certas, que parecem ter se perdido de mim, ou do meu caminho. Nesse sofrimento atroz que a falta delas me traz, gasto menos tempo escrevendo, postando, criando... E volto a engordar o bolso dos psicanilistas!

Mas continuo aqui... 

Beijo imenso a todos, com meu carinho sincero. E até breve!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010


ANTES DO FIM

Bem antes do fim do tormento
Antes do sopro de vida, da aragem,
do céu aberto, do último lamento

Bem antes da confiança
Do fio de esperança
daquela última lembrança

Bem antes do final da dor
Antes da indiferença
Da verdade, da necessidade, da crença

Bem antes do amor acabar
Meu peito dilacerado voltava a encontrar
Um Coração frenético a bater, bater e pulsar

Bem antes de tudo
Vi a cura chegar, olhando em meus olhos
a dizer: - Ei, vem cá...



terça-feira, 21 de setembro de 2010

De amor...

♥♥


DOCE FERIDA

É só assim que eu sei te amar
Maior que a dor da despedida
Bem maior que a tua partida
Maior que o sol, a lua e o mar!

De tanto amor, vivo a esperar
A mentira mil vezes prometida
A loucura que é minha medida
Atada à esperança de reencontrar...

Esse amor que faz bem e escraviza
Doce ferida que não cicatriza
Amor imenso que não tem fim!

Tatuagem indelével em meu coração
Cada palavra, gesto, cada emoção
Intacto... Inesquecível dentro de mim...

♥♥