sexta-feira, 9 de abril de 2010

SONETO

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ESGOTAMENTO

Afogada no mar turvo da incerteza
Tropeço em busca do último suspirar
Assolada por ainda mais aspereza
Me debato, tento o horror quedar.

Dominada pela ira, refém da rudeza
Busco minh'alma com amor penetrar
Meu reflexo bruto causa estranheza
Já nem sei quem sou, qual é meu lugar.

Anseio uma gota mais de encantamento
Meus olhos cegos, já não te podem ver!
Sem tua imagem, é tudo esquecimento...

A voz do silêncio continua a arder
Prenúncio do fim, o esgotamento...
Morto o amor, o que faltará morrer?



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Um comentário:

  1. Vc tem muito talento com as palavras. Parabéns!
    Encontrei teu blog pelo Yahoo Respostas agorinha há pouco e te mandei uma msg.
    Abraço!

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