domingo, 29 de novembro de 2009

POEMA DE AMOR


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ETERNAMENTE


Em ti,
me sinto presa e com restritas opções;
ou talvez só esteja perdida,
numa avassaladora torrente de milhares de partículas
revoltas,
das mais inexplicáveis emoções...

Estão todas aqui, misturadas,
embaralhadas,
emaranhadas,
entranhadas em minha mente,
tão aturdida...

Gostaria de poder entrar nessa guerra comigo mesma,
sempre tão pacífica por fora,
demasiado intensa por dentro,
quem sairia vencedor?
Poderia esquecer ou estaria fadada ao amor?

Ah! Como gostaria (será?) de esquecer...

Talvez seja só essa inquietante sensação
de que o esquecimento,
traria consigo a calma, a paz...

Ou de que talvez,
quem sabe, por pelo menos um pouco de tempo,
eu pudesse viver,
como se nunca antes tivesse amado,
tanto...

Seria mais sensato fugir, desistir...
Sensato?
Desde quando esse sentimento habita em mim?

E ainda que a mim pertencesse, essa tal de sensatez...
como me esconderia do espelho?
O olhar-me, ainda que hesitante, ou de relance apenas,
obrigar-me-ia a ver mais de perto,
a mergulhar em mim um pouco mais profundamente...

Inevitável se faz ver ali, refletido,
tudo aquilo que tento esconder,
o que duvidei ter,
o que julguei jamais poder ver...

Eí-la aqui, diante de mim,
existe de fato então minh'alma!

Constatação inexplicável, indelével...

Sim.
Eu a vejo,
e vejo mais,
vejo tudo...

Cessam as perguntas,
tudo torna-se claro, alvo e perene...

Qualquer guerra será em vão,
toda luta para apagar-te do meu coração,
resultará na frustração da indubitável impossibilidade,
ou na euforia contraditória da simples confirmação,

de que estás e estarás, eternamente, em mim...


*****

POEMA DE AMOR


*****





AJUDA-ME

Quem és tu?
De onde vieste?
Por que chegaste?
Para onde caminhas?
O que afinal pretendes?

Por que aqui?
Por que agora?
Por que comigo?

De todas as perguntas,
uma em especial me assola:

Por que não me deste chance,
uma única chance, de a ti me negar?
Por que desejou tanto me fazer te amar?

Se sabia que não poderias ser meu,
porque malditamente me escolheu?
E porque, tão estúpida não reagi?
Mesmo quando todos os meus instintos gritavam,
porque deliberadamente me neguei a ouvir?

Mas e a ti? A ti não fui capaz de negar-me.
A ti, tão somente me entreguei...
assim, sem mais nem menos, sem explicação,
deixei-me louca, envolver nessa teia de paixão.

Até quando permanecerei nela enlaçada, amarrada?
Estará minha vida toda, tão desumanamente traçada?
Quantas lágrimas mais haverei de derramar,
até que meu coração, fatigado, desista de te amar?

Preciso de respostas!

Necessito com urgência saber,
desesperadamente tenho que entender...
Conseguirei um dia esse vazio preencher?
Como? De que maneira hei de fazer?

Ajuda-me!

Juro-te que estou tentando,
e tanto, e tanto...
Mas continuo me machucando;
só, e cada vez mais me maltratando...

Evito sonhar que um dia possas voltar,
Forçosamente me repito, mil vezes, 'ele não quis ficar'
Mas a esperança... essa não consigo domar,
e por mais que fuja, ela insite em me agarrar...

Então ajuda-me!

Por Deus, responda-me sem hesitar,
e o faça com certeza no olhar,
faça de forma que eu não possa duvidar,
dê-me a resposta na qual preciso me apegar!

Pode afinal, um amor verdadeiro acabar?


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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

POESIA DE AMOR E PERDA


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O AMOR MORREU


A porta bateu...
forte, pesada, gritante em meus ouvidos doloridos;
som que ecoou no profundo da minh'alma,
desmanchou-me, fazendo-me desfalecer na certeza.

Certeza de sonhos perdidos...
O amor morreu!

Demorou,
mas pude enfim, letárgica, levantar-me...

De que adianta o coração bater,
se na verdade já não vive mais?
A cada bombear alimenta meu corpo,
que prostrado, padece pela falta tua...

Sim.
Eu continuo a respirar,
sigo a caminhar,
ainda posso escutar,
consigo até mesmo falar...

Para que? Por que? Para quem?
Importa?

Não tenho nada a dizer...

E o que diria?
Que da vida não desisti?
Que perdi o amor,
a chance de ser feliz,
mas ainda assim estou aqui,
de pé,
que resisti?

Devo maquiar meus sentimentos?
Por qual maldita razão?
É mesmo tão vital e importante,
ou será só conveniente e agradável, continuar a sorrir?

E se assim és,
então ensina-me!
Por favor, imploro-te, ajude-me a fazê-lo!

Como é que posso pisar descalça em brasas,
queimando meus femininos pés delicados,
e ainda assim,
ignóbil, abjeto, torpe, vil,
dissimuladamente, simplesmente sorrir?

Quem dera fosse a mim tão fácil...

Quisera esconder que meu peito rasgado chora,
que meu coração fora destruído pela mentira do amor...
Tão somente, sonhado...

E agora?
Como aprender a aceitar docilmente que o amor,
verbo por mim tantas vezes conjugado,
jamais será, em mim, concretizado?

Como posso estar impassível, agir comumente
se estou a sangrar,
debruçada em meu sofrimento que arde, fremente?
Se sinto, sei, estou irremediavelmente doente?

E de que servem afinal tantas lamentações?
Elas não me fazem mover, não me trazem de volta à razão...

Talvez seja só,
o momento certo de contar uma mentira qualquer,
impingir a mim mesma uma desculpa esfarrapada,
e fingir com aquela ironia quase hipócrita
um sorriso de contentamento,
dócil ou malicioso,
de canto ou escancarado...
Desde que seja, um sorriso.

Não é disso que as pessoas precisam?

Então hei de manter as lágrimas trancafiadas
nessa cela suja e escura (meu coração?)
para libertá-las tão somente à noite...

Noites frias ou quentes,
em que as demarrarei só,
sob o chuveiro que derruba sua água quente sobre minha pele dormente;
sentada sobre os meus calcanhares cansados;
ou em minha cama vazia...

Em meu momento,
aquela pequena fração de hora,
único periodo de tempo
em que as terei aqui,
comigo,
minha verdadeira companhia
minhas gotas de cristais,
essas que nunca me abandonam,
que não se esquecem de rolar por minha face pálida...

Nesse instante, na companhia delas,
eu posso ser eu,
só eu,
em absoluta verdade...



*****


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

POEMA DE AMOR / SENSUAL


*****




SEDE

Eu tenho sede imensa de te amar,
de em teus beijos doces ou loucos me deliciar,
de sentir meu corpo novamente a se anestesiar,
quando me pega de qualquer jeito, sem planejar...

Quando me ama com calmaria,
nossas línguas dançando em harmonia,
e docemente, de leve me acaricia,
deitada por sob seu corpo... fantasia.

Quando me ama com selvageria,
me beija com força em demasia,
viril, com febre, bruto, sobre minha pele macia,
e de tanto êxtase do teu contato, me contagia!

Me faça tua como quiser,
a qualquer hora, em qualquer lugar.
Me ame do teu jeito, e o faça sem parar,
depois me deixe deitar no teu peito, e descansar...

Mas me ame!

Necessito sentir a tua pele por sobre a minha,
o roçar dos teus dedos que em meus lábios caminha,
tuas mãos entrelaçadas em meus cabelos,
me amando loucamente e beijando meu corpo inteiro!

Essa saudade (necessidade) ainda vai me sufocar,
mas enquanto estiver comigo estarei a respirar...
Fique para sempre meu bem, fique! Porque se me deixar...
Me desculpe, mas juro-te, não poderei suportar.

Então não se vá, seja minha razão...
Me alimente mais do teu coração,
cante em meus ouvidos a tua melhor canção,
me dê um pouco mais da tua emoção.

Mas faça!

Faça algo por mim, pra mim,
fale algo que me agrade enfim,
me engane se preciso for,
mas me dê o que necessito...  Teu amor!


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domingo, 22 de novembro de 2009

POEMA

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SOLIDÃO

Daqui, desse ângulo escondido de janela
avisto de longe,
calada, quase recatada, o movimento...
São homens, mulheres, crianças, seus cachorros,
estarão eles, felizes?

Volto pros meus pensamentos,
mas neles não consigo ficar...

Timidamente torno a olhá-los,
não me dizem nada...
Estão apressados, ou andam calmamente,
conversam, ou seguem calados...

Continuam só, a caminhar,
seus passos movimentando o ar,
empurrando o vento...

Mas é aquele casal a se beijar que me prende,
aqui,
à minha janela...
Duas pessoas normais, como outras quaisquer,
acometidos por uma síndrome passional,
se comem em olhares e gestos.
Paixão?

Tenho vontade de gritar que saiam,
estão a me incomodar sobremaneira,
me tornam muito,
ou talvez ainda um pouco mais que isso,
quase insuportavelmente,
inquieta...

Os sons vindos lá de fora, misturam-se
ao ruído da TV:
- mais uma garota morta.
- novidades de uma velha guerra...
antigas notícias, contadas de uma nova forma...

Tento me concentrar,
mas os passáros lá fora não cessam em cantar.
Estariam fazendo uma sinfonia ao casal apaixonado?
Ou será o canto proveniente das asas,
da sublime sensação de poder voar?

Ah! Gostaria eu também de voar...

Me aproximo da janela,
bem mais perto do que o habitual,
quase tão perto que posso sentir o cheiro do asfalto,
lá, bem lá embaixo,
ele parece me chamar...

Poderia eu voar,
ainda que por alguns poucos segundos?
Seriam esses segundos suficiente liberdade?

Mas e se o pássaro não estiver a cantar?
Talvez seja só o choro,
de um indefeso animal preso,
acuado,
em uma gaiola qualquer...

Afasto-me da janela,
a gola dessa blusa apertada está a me sufocar.

Me sento,
mas o meu velho sofá já não é mais confortável...
As cores que revestem essas paredes ao meu redor
já não agradam meus olhos cansados...

Se pelo menos eu pudesse ver o mar!
Seria eu tão ousada?
Capaz de nele, sem medo mergulhar?
Mas e se as ondas não forem capaz de me abraçar?

Recorrerei então a uma dessas pessoas,
qualquer pessoa,
que daqui, dessa velha janela vejo passar?

Em meio a esse transe de pensamentos,
assolada por uma intensa ansiedade,
preciso parar por um momento,
ou mais...

Seja quanto tempo for,
sei que preciso de tempo suficiente para me lembrar...

Como é que se pede um abraço?





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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


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CONSCIÊNCIA E AMOR

Hoje temos enfim a consciência negra!
Será que temos?
Ou é so mais um dia?
E se de fato temos,
então sento em minha velha cadeira de palha e fico a pensar...

Quando é que teremos a consciência humana afinal?
Haverá uma data para comemorá-la?

Quase me levanto,
num arroubo tenho vontade de correr,
bater às portas e dizer:

- Não! Não necessita!

Esqueçamos os feriados,
deixemos de lado a hipocrisia,
fiquemos tão somente com a consciência!

Ela nos basta!

Ou será insuficiente?
Essa não deveria ser nossa humanidade?

Utopia?
Talvez...

Mas gosto de fechar os ohos e imaginar
esse mundo onde não se veja raça,
aonde o credo, a religião, a cor, nada disso faça diferença!

Afinal de que cor é o coração?
Afinal qual é a cor do amor?
Afinal a que religião ele (o amor) pertence?
Existe algum povo ou raça que seja mais dono dele, o amor?

Ah! que bom seria, se todos pudessemos conviver,
e nos respeitar, sem restrições...

Que muçulmanos, católicos, judeus, budistas, evangélicos, espíritas, ateus...
Que brancos, negros, amarelos...
Que todos pudessem simplesmente se dar às mãos!

Que todas as pessoas conseguissem enfim, ver além do que os olhos mostram,
olhos cansados dessa vida amarga,
cegos pelo estupor do ódio...

Será sonhar demais imaginar que eles (os olhos) possam se abrir,
para que com eles, se abram as portas da alma e do coração?!

Fico a imaginar (fantasiar?) a maravilha que seria falarmos todos a mesma língua!
E que por mais línguas que se fale mundo afora,
conseguíssemos enfim nos entender com uma única, que une a todos,
a língua falada por nossos coraçôes...
A esse idioma poderíamos chamar: amor, afeto, respeito, solidariadade...

E se o coração falasse,
aqui, ali, acolá,
em qualquer lugar...

Cada um em si,
e todos em um...
Irmãos em carne e osso
irmãos em humanidade;

Ainda que separados,
talvez um dia,
sem que haja necessidade de se comemorar
sejamos um povo,
um pedaço do todo,
ou o todo desse pedaço imenso,

chamado Terra!

ah! Será mesmo tão difícil?
A mim parece simples, fácil, quase corriqueiro...

Só precisamos AMAR!


*****

POEMA

*****




MIRAGEM


De longe avisto cada curva e forma,
e por mais longe que esteja
posso reconhecer,
a silhueta de um corpo qualquer,
que não é qualquer corpo,

é o seu...

Nas areias claras e quentes
a sombra desenha as formas perfeitas
daquilo com que sonhei
por tanto tempo,
calada...

O sol brilha incandescente,
bronzeando tua pele
e esquentando meu coração
que queima, que arde, que pulsa,
fremente,
está vivo!

Dominada por esse sentimento novo
(sentimento?)
Estranho,
incomum,
intenso...

Me pergunto como agir.
Fugir?
Seguir?
Me pergunto porque insisto tanto em me perguntar...
Importa?

Tiro meus chinelos,
Sinto a brisa do mar bater-me no rosto,
faz-me bem,
torna-me nova, renovada,

Vem à boca aquele sabor,
ah! Doce sabor...
Sabor de querer ser amada...

Minha saia branca rendada parece querer voar
como quem dança ao som do vento
seguindo o teu movimento,
ousada...

Te vejo a se mover,
és Apolo,
e como um Deus vai ao mar...
Costas, pernas, pescoço
andar que parece gritar

Estas me chamando?
Hipnotizador canto das sereias?
Tu, continuas calado...

Mas o canto não cessa,
chamar que ecoa em meus ouvidos,
me domina,
faz-se irritante agora...

Preciso adentrar essas águas,
quentes ou frias,
calmas ou revoltas,
só quero um pouco da espuma
esse punhado branco de onda,
o resto não importa,
só tenho que mergulhar...

Quando penso ir contra,
me empurro em tua direção.

Assito à imagem, única imagem
das ondas batendo em tuas pernas com força
e aquela porção de água se debatendo,
voando,
ao teu encontro,
e para longe de ti,
para depois, em minha mente,
fazer-se eterna...

Eternizada também em meu coração?

Esse segue assim,
sem entender,
mas acelerado.

Apaixonado?
Talvez.
Ou talvez seja só...

Mais uma miragem...

*****

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

POEMA DE AMOR

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NECESSIDADE

Tenho necessidade imensa do teu coração
de morar dentro dele, com ou sem razão
de preencher tua vida com luz e emoção
de viver contigo uma inebriante paixão!

Tenho necessidade imensa da tua alma
de adentrar teus pensamentos com calma
de encher tua vida de amor e ternura
ser amada por ti da forma mais pura...

Tenho necessidade imensa do teu corpo
nele me perder, e em êxtase me deleitar
saciar os meus desejos secretos de luxúria
estar em ti, e em ti voltar a me encontrar...

Nessecito sentir teus lábios em mim passeando
tuas mãos másculas com força me dominando
tua voz rouca, loucuras de amor sussurando
com intensidade, desejo e com sede me amando

Necessito mais que teu corpo, alma e coração
necessito teus cabelos, tua pele, tuas mãos
teu sorriso, tuas tolices, tuas cismas
teus chiliques, teus versos, tuas rimas

Necessito tuas lágrimas, tua língua, teus dedos
tuas dores, alegrias, bobagens, teus anseios
teu calor, teu suor, teu tempero, teu cheiro,
necessito tua companhia, teu ciúme, teu exagero

Tenho necessidade descomunal de teu tudo
de te ter pra mim, e ser pra ti o mundo
ser delicadamente e com carinho afagada
e no frenesi da paixão, ser por ti desejada

Tenho necessidade insana de ser tua!
Me entregar pra ti, meu homem, nua e crua... 
Tu, que domina os meus instintos, o meu coração..
Só tu, a quem amo e amarei com eterna devoção!



***

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

POEMA DE AMOR E SÚPLICA


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NUA

Lembranças brotam lentamente
Suas imagens refletem...
Saudades latente
Pensamento persistente

Meus lábios rosados que um dia foram amados
Agora estão vermelhos e inchados
Meus olhos marejados, cansados
Ombros pesados... carregados

Saio à rua sem tempo
Cabelos soltos balançam ao vento...
Madrugada fria me abraça
Memória pouco a pouco me mata

Vento forte impiedoso sopra em mim
Leva consigo tudo o que havia aqui
Deixa só mais medo e solidão
Pés descalços a gelar nesse chão...

Estou a mercê de nem sei o que
Desprotegida em meio a solidão
Assolada por todo tipo de sensação
Dor, aflição, pesadelo, sofreguidão..

Não vejo razão..

Me dispo de tudo
Dos objetos, das roupas
Das intenções
Do que é certo

Fico nua..

E nua continuo a vagar pela rua
Madrugada gelada
Alma devastada
Procuro tua porta, só pode ser a tua...

Experimentar outra vez
Só mais uma vez...

Teu beijo com meu gosto
Tua pele com meu corpo...
Teu cheiro em mim impregnado
Teu corpo ao meu entrelaçado..

Sem camuflagens
Tiremos as máscaras
Dessa vez por inteiro
Amor puro e verdadeiro

Desejos obscuros
Sonhos secretos
Tudo revelado
Tudo relevado...

Amor inevitável
Eterno e implacável
Amor vivo em meu peito
Aquele amor do nosso jeito..

Abre a porta enfim
Olha espantado pra mim

Te vejo...

De todas as partes desse amor
Me diz, de todas elas
O que foi que para ti restou?


*****

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

POEMA DE AMOR

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FIQUE

A distância é cruel e faz pungente a dor,
ela fere mas não aplaca a força do amor,
eu fecho os olhos e te vejo aqui toda noite,
me rasga lancinate, me pega firme de açoite!

Se deita com outra pessoa, mas eu sei, está ausente,
viaja em meu corpo, é meu rosto que vê novamente...
Mesmo não estando contigo, sabes que estou presente,
nossas almas entrelaçadas, se pertencem eternamente...

Não há como desistir de te ter, me amando...
Enquanto meu coração bater estarei esperando.
Ninguém disse que seria fácil, e não é!
Preciso insistir, acreditar, lutar e ter fé...

É insensato, mas não vou mais fugir do que sinto,
minha intuição diz que serás meu e não minto.
Pertenço a ti, a mais ninguém, meu corpo aflito,
te quero como nunca antes, daqui até o infinito...

Venha logo e tire esse punhal do meu peito,
me abrace, me beije, me ame do teu melhor jeito,
diga qualquer coisa, sussurre pra mim uma bobagem,
faça como quiser, mas fique, não venha só de passagem!




*****