sábado, 2 de abril de 2011

Um presente sem igual


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Hoje, dois dias antes do meu aniversário, eu me encontro nesse terrível, temível e insuportável "inferno astral", aquele momento, que só agora descobri, não é ruim em essência, pois embora doa ou incomode agora, serve para que nos desapeguemos do passado, do que já foi, serve para que deixemos para trás tudo aquilo que não nos faz e nem nos fará mais feliz. E após, só após esse desapego, possamos nos abrir novamente, para o novo, para o inesperado, numa espécie de saborosa e necessária RENOVAÇÃO...

Passando por esse furacão sentimental que esse "inferno" trouxe consigo, acabei por me lembrar de um poema, um poema único, um poema cujas palavras mais delicadas não seriam capazes de descrever, um poema escrito, desenhado, formado, iluminadamente criado por um dos meus poetas preferidos no mundo, e que tenho o prazer de "conhecer", um homem incrivelmente louco, com tive a imensa felicidade de dividir deliciosos momentos de criação poética... Esse alguém estupidamente talentoso chamado POETA MORENO.

Esse poema em especial, que tomo a liberdade de postar e aqui dividir com os meus amigos, guardo no mais profundo do meu coração, de minh´alma, de minha jornada... Esse, que me fez chorar tanto, nas milhares de vezes em que o li, em que o senti, em que o amei... Esse, imortal em mim. Um dos poemas da minha vida, que me foi, tão delicada e gentilmente dedicado. Esse, que me leu... Tanto. Tanto. Tanto!

Obrigada meu querido Moreno, poeta mágico, por esse inesquecível presente e por tudo, desde sempre e até sempre...


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AFINIDADE POÉTICA


Porque assim, agora?...
De que adianta voltar ao teu passado sem glória?
Alguém, pelo menos acariciou as tuas idéias?
E o teu acalanto, quem ouviu?

Porque não rebuscas nas esquinas do teu cérebro,
aquelas anarquias todas, que,
fantasiada, apresentastes para uma platéia medíocre,
que não te aplaudiu, e nem ao menos te sorriu?

Porque não retornas alguns passos mentais
pelas estradas percorridas por teus pés já cansados,
para descobrir o que faltou acrescentar?
Por exemplo: para onde fugiram todos os seus heróis?

E os teus sonhos?
E as tuas lágrimas?
E os teus sorrisos?
E as tuas verdades, as tuas mentiras e os teus princípios?!
Merecem , simplesmente serem esquecidos?

Senta-te, em qualquer elevação da linha do Equador,
divida um palmo da tua razão
por qualquer número que te vier a mente e mentalize,
um inebriante suspiro no jardim de Versailles...

Agora mergulhe, mergulhe bem fundo,
quantos pés sejam necessários
para extrair de lá, envolta por algas,
a pétala que foi esquecida por ti, de propósito!

Ainda te lembras das rosas que deixastes cair pelas tuas estradas?

Não se preocupe,
poucos saberão o nome daquela sua rosa preferida;
mesmo que ela, a rosa, tenha conhecimento
desta sua preferência sofrida,
platônica...

Ainda quer recomeçar?
Diga!!!
Ainda queres plainar por sobre os quadriláteros
das distâncias que você não conquistou,
por não ter sabido ganhar?

Então, cante aquela canção;
aquela canção que você fez só para você...
Vamos..., cante baixinho, bem baixinho,
tanto, que só você possa ouvir...

Suavemente, diga para você mesma:
eu me amo...
(bem baixinho, só para você...)
eu me amo...

agora sorria...,
sorria muito, bem grande,
eles continuarão te amando com a mesma alegria,
mas, não tão amplamente,

como eu te amo,
poeticamente...

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18/02/2010
MORENO (retornando de lugares distantes...)


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sexta-feira, 1 de abril de 2011

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FRÁGIL DE QUE COR?



Hoje eu acordei!
Me abri para uma nova dimensão...
E briguei fortemente com o espelho...
Não é vaidade! 
Nada tem a ver com aparência!
Loucura?
É só que aquela pessoa...
Ela insiste irritantemente em tomar meu lugar.
E eu necessito ser quem sou!
Quem é a real? 
Qual sou a eu de mim mesma? 
A verdadeira? 
Essa, ou aquela que vejo ao contrario?
Se não tiver resposta, ao menos me dê a mão...





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