segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Amor, medo, espera



ESPERA

Tenho medo
Do tempo, da distância
Das horas, do esquecimento
Da ilusão, da circunstância
De não ter mais um único momento...

Tenho medo
Da falta de uma doce lembrança
Da morte precoce do sentimento
Do poder destrutivo da insegurança
Do seu insano e cruel tormento!

Tenho medo
Da maldita e tortuosa ausência
De desistir, de não suportar
Ou de fomentar a falsa esperança
Medo de jamais concretizar...

Tenho medo
Da estupidez da desconfiança
De ver os sonhos ruindo, acabar...
De ter só o desamor como herança
Tenho medo aterrador de me enganar!

Ainda assim, espero...

3 comentários:

  1. Fiquei com o coração repleto de alegria quando vi que voltou a escrever.Depois de uma ausência corrosiva.Leio o teu Blog todos os dias,embora não tenha o hábito de comentar as poesias,pensamentos etc.Mas desejo que saiba Natalia,que os teus escritos tem um valor imensurável para mim e,acredito,para todos os que porventura passam por ''aqui''.Esteja cônscia também,de que as coisas que você escreve não são jamais folhas na relva.Elas tem o poder de mudar uma vida.Como já fez com a minha.Deixo aqui um obrigado,ainda que canhestro,e um pedido para não deixar de escrever. 'B'

    ResponderExcluir
  2. Que Maravilha...minha Poetisa predileta está de volta...
    Natalia ler seus poemas...poesias...são um bálsamo pra minha alma...

    ResponderExcluir
  3. Não tenha medo, o que fica na lembrança jamais poderá ser esquecido, o que foi vivido e não concretizado será a imagem do passado, lembranças, memórias, doces e felizes, um beijo amiga.

    ResponderExcluir