segunda-feira, 19 de outubro de 2009

POEMA

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IMPREGNADO


Maldito som impregnado em mim,
latente, grave, me maltrata assim,
forte, não abandona meus ouvidos,
ecoa desesperador em ruídos...

Meia dúzia de palavras sem importância,
rasgam meu peito, trazem lembranças...
Lembranças de sonhos, insistente esperança,
de ter mais que o som, você não me alcança!

Vejo a tua foto, imagem a me maltratar,
olhos que posso ver, mas que não posso olhar.
Me perderia neles, sem um segundo hesitar,
poderia o resto, o mundo todo acabar...

Se eu tivesse você comigo, só por momento,
acabaria ou seria o começo do meu tormento?
Sei que não é meu, que não será, não me engano,
mas olharia em teus olhos para dizer: - Eu te amo!


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