segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

HOMENAGEM AOS POETAS

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POETA

Donde andará, e como há de ser a alma do poeta?
Será esmeralda, rubi, diamante; e se for, de qual cor?
Certo é, que não é feita de pedra,
Ainda que delas tenha o brilho, a pureza e o valor.

E o coração do poeta que se põe a versejar,
Baterá desolado? Terá sido pelo desamor maltratado?
Ainda que triste, o vejo reluzente; e sonhando a suspirar...
Pois que mesmo embuçado, não há poeta que viva embotado!

Quisera ver a aura desses seres ausentes (tão presentes);
Ser clarividente, para conseguir em minúcias lê-los,
Arrancar-lhes um pouco do tanto que sentem,
Eis que por muito que sofram (e sofrem), amam intensamente.

Ah! Quem dera conhecer o sabor do poeta... E o seu odor...
Será Absinto? Quase sinto... Donde emana tamanho calor?
Que em versos se derrama como quem sangra em profundo corte;
Que amando se faz eterno, e não morre nem mesmo na morte!




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Um comentário:

  1. Quanta qualidade reunida num só texto, dá gosto de ler. É dígno de você. Que bela homenagem. Inspirada? rs


    Um beijão e parabéns poetisa...

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