domingo, 21 de março de 2010

SONETO

**



AUSÊNCIA

Meu coração tristíssimo, já não chora
De desapontado, bate quase inválido
Tomba meu peito em um verso cálido
Perda irrefutável, amor de outrora...

Meus lábios balbuciam, som pálido;
Ininteligível emissão tão fraca agora
Bem mais que um choro, não me apavora
Bem menos que um grito, esquálido...

Dormência de sentidos. Ah, saudade!
De quando sentia-me amada, odiada...
Sofrendo ou sorrindo, era verdade!

Hoje ausência. Antes tão apaixonada...
Amor, dor? Vazio... Déspota realidade!
Em mim, habita só, esse muito de nada...


**

Nenhum comentário:

Postar um comentário