sábado, 20 de março de 2010

SONETO

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SINA


Minh'alma, de amar-te, só desatina
De tanto pensar-te, esqueci de mim,
Extasiada, louca, agora ando assim ...
Dizem-me nula, em versos sem rima!

De negar-te desisto, a ti digo 'sim',
Meu desejo único, em ti peregrina
Vejo-te em sonhos, és minha sina...
Perdi o princípio e disto-me do fim.

Abandono o siso, rejeito a prudência,
Venha a sede que aplaca-me saciar
És meu oasis, és cura e clemência...

Já sem memória, só em ti sei pensar
Sempre a imagem tua, com veemência
Lembrar-me pra que? Basta-me amar!


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