quarta-feira, 3 de março de 2010

SONETO

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ETERNIZO

Refuto a perda! Eternizo as cores
Rezando, livrar-me-ei da prisão;
Lutando, abrir-te-ei o caixão;
Desenterrarei tuas putas dores.

Ouvirei o som, dilacerar da paixão,
Gritos, sussurros, teus dissabores.
Sentirei na pele os teus horrores,
Corroer-me-ão da carne ao coração!

Serei o negro e etéreo morcego...
Aplacar-te-ei com meu desapego,
Amar-te-ei, permeando teu rosto.

Verei teu olhar brilhando de medo,
Teu sangue brotando em meu dedo,
E beijando, arrancar-te-ei o gosto!


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