quinta-feira, 6 de maio de 2010

CRÔNICA

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Para começar essa divagação, explanação,  crônica, ou esse monte de questionamentos que se seguem, vou atacar de "Metade", belíssimo poema de Oswaldo Montenegro, que é sempre, sempre, sempre, tão brilhante:


"Porque metade de mim é amor... 
E a outra metade, também é!"


AMAR NÃO É DIFÍCIL!

Nessas minhas andanças errantes, me deparei com algo peculiar, que mexeu comigo e me colocou a pensar... 

Percebi como tanta gente, e cada vez mais, fala sobre o amor, algo do tipo: "já fui assim, já fiz isso, mas hoje sou mais prudente, porque sofri demais e aprendi"...

E daí, já viu né? Mexeu com o amor, mexeu comigo! hahaha

Não sou, nem pretendo ser dona de uma verdade qualquer (aliás elas existem?), mas sou, e sou mesmo, uma APAIXONADA e defensora ferrenha do AMOR!

Então, eu queria muito entender o que significa esse tal de: "APRENDI".

Sim, como seres em evolução (será?) devemos, ou ao menos deveríamos, sempre aprender com nossos erros, e com os acertos também!

Mas qual o erro em amar demais, mesmo que tenha sido a pessoa errada?
Se você deu tudo de si, entregou-se por inteiro, e não deram valor, então você acha que não valeu a pena?
O que você "aprendeu"? 
A nunca mais fazer isso?
A amar "a partir de agora" do jeito certo?
E qual é o jeito certo? 
Quem definiu essas regras? Aonde elas estão, por favoooorrrr!!!

No meio desse amontoado de pensamentos e conjecturas, me pergunto e te pergunto:

Será, e isso é só uma possibilidade, que se você fez tudo isso e quebrou a cara, você não tenha feito o certo, tenha feito a sua parte, tenha dado o melhor de si para um amor, para uma relação? E se foi assim, isso foi um erro? Deveria ser diferente?

O amor não é matemática. Não é como se pudessemos dizer que 2 + 2 = 4.

Os relacionamentos nunca serão iguais, porque dois seres humanos NUNCA são iguais!!

Então, eu queria muitíssimo saber e talvez quem sabe, um dia eu possa entender! Já que quando as pessoas sofrem algum tipo de decepção amorosa, em algum momento da vida, elas aprendem. O que, afinal, elas aprendem? Porque tenho a impressão, ou melhor a certeza, de que não aprendi nada disso!

Aprenderam a desistir da entrega absoluta e irrestrita?
A desistir da infindável procura pela felicidade a dois (que é bem mais gostosa que a felicidade só)?
APRENDEM a se acovardar diante do novo e desconhecido?
APRENDEM a se esconder na "razão" para não admitirem que têm medo?

Eu preciso entender! Alguém poderia enfiar isso na minha cabeça tão passional?

Porque se for isso tudo que relatei aqui, sei lá, ter medo é tão humano! E ser humano é tão lindo...

Além do que, superar os medos não é vencer? Meu Deus!! Ninguém aprendeu isso?

Afinal: Não vale mais a pena arriscar-se por amor?

E se por medo ou prudência, você perder a chance de viver o grande amor da sua vida? Talvez ela também tenha o mesmo medo que você, talvez tenha APRENDIDO as mesmas lições, e então, vocês nunca se entregarão um ao outro por completo?

E se você estiver perdendo a chance de viver os seus melhores momentos, aqueles que quando tiver 90 anos, vai lembrar sorrindo?

"Ah, mas se não der certo, eu vou quebrar a cara, vou sofrer, e eu sei como é ruim, como dói!"

Sim é verdade, eu que o diga! Mas tem tanta coisa ruim nessa vida e que dói também, mas que a gente é obrigado a suportar... Como por exemplo a morte de um ente querido, e dessa não podemos nem mesmo fugir!

No entanto cada vez mais, assisto as pessoas a minha volta fugirem do amor. Por que?

Agora me diz: se tiver que doer, por amor não vale a pena?


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