sexta-feira, 7 de maio de 2010

POEMA

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FANATISMO

Comtemplo-o quando observo o firmamento
Sempre ausente, está em todo lugar!
Inviolado, hermético, que tormento!
Se vai, e insiste em me enclausurar

Por Deus! Me consome, segue martelando...
Perfume tenebroso, amaldiçoado visgo  
Sórdida e vagarosamente me matando...
Sortilégio! Infindável, cruel castigo!

Solta-me! Preciso jogar-me no abismo
Mergulhar no mais temível furação
Provocar o pior dos abalos sísmicos
Ou te trancar aqui dentro dessa visão!

Vingança? Não! Profecia, promessa...
Vê-lo sentir por um instante o que sinto
Dissolver-me-ia... Um átomo, uma célula
Qualquer coisa eu seria por esse momento!

Oh! Espasmo que leva embora o sacrilégio
Lufada de esperança, nódoa de razão
Aonde estão? Venham, me dêem o privilégio
Um lampejo de sonho que seja... Uma ilusão...


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