terça-feira, 18 de maio de 2010

POEMA

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SUFOCADA


Procuro razões, resisto em admitir
Que não tenho motivos para sorrir
Não possuo pessoas a quem me abrir
Ou um lugar seguro para onde ir

Vivo sozinha em meio à multidão
Experimento o dissabor da solidão
Ando por entre carros na escuridão
E só meus olhos cegos me conduzirão

Em busca de uma coisa qualquer
Na ânsia louca de sei lá o que
Será um desejo insano de ter?
Necessidade de uma resposta? Um porque?

Ah! Que medo tenho dessa tal prudência   
Saudade da quase leviandade, da impaciência
Que me fez livre, me permitiu em sonhos voar...
- Não Dona Sensatez, não venha novamente me sufocar!


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2 comentários:

  1. Minha prudência temida chama-se razão, e quando muito alimentada tem ares de preconceito. Eca! Somos feios de vez em quando!
    Bom demais ler vc. Temos diferenças, mas em versos somos apoio.E é aquilo...Nada é por acaso.
    Sucesso. Bjs

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  2. As vezes a prudência, não nos deixa esperimentar a vida

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