quarta-feira, 11 de agosto de 2010

** POEMA E MITOLOGIA **


 
Nem todo mundo curte mitologia, e por isso mesmo, nem todo mundo vai curtir ou até entender esse "pseudo-poema"...

Então, vou falar de "PSIQUÊ E EROS", de forma bem resumida, para quem tiver interesse em conhecer essa belíssima história de amor: 

"Psiquê era uma linda mortal, que por sua beleza fez inveja à Vênus (Afrodite) que pediu a Eros (Cupido) que a atingisse com suas flechas fazendo-a se apaixonar pelo homem mais desprezível que existisse!

Mas ao vê-la, Eros se apaixonou e não lançou sua flecha... Como ela não se apaixonava e não se casava, seu pai procurou o Oráculo de Apolo, que lhe afirmou que ela seria desposada por uma serpente.

Enquanto a jovem aguardava seu terrível desfecho, Zéfiro (o vento) surgiu e lhe levou até uma planície florida, aonde Psiquê dormiu...

Ao acordar, ouviu uma voz que lhe convidava a entrar, e então, Eros, oculto na absoluta escuridão do Palácio a amou e pediu que ela jamais, em nenhuma hipótese, tentasse vê-lo.

Embora ela fosse muito feliz com aquele que amava ardentemente, suas irmãs a disseram, que se ele se recusava a mostrar-se, deveria então ser realmente o monstro que o Oráculo havia previsto.

Foi então, que tomada por um momento de fraqueza humana, Psiquê, enquanto Eros dormia, acendeu uma vela e vislumbrou o rosto mais lindo e perfeito que jamais havia visto!

Mas uma gota de vela caiu sobre ele que acordou e a abandonou, dizendo que não poderia o amor viver na desconfiança.

Psiquê, a partir de então, pediu ajuda a todos os Deuses, foi humilhada, e fez todo o tipo de trabalho, sempre sujeitada por Vênus (Afrodite) que invejava sua beleza... Dentre essas provações, precisou Psiquê descer aos infernos, para trazer um pouco da beleza de Prosérpina.

Bem sucedida em suas tarefas, Psiquê ia abrindo a caixa que continha a beleza, quando foi tomada por um sono profundo...

Eros, que a procurava, a havia encontrado! Imediatamente ele pediu a Júpiter que lhe permitisse desposar a mortal.

Júpiter consentiu, mas antes deu a Psiquê, ambrosia, tornando-a também uma imortal.

Do casamento de amor entre Psiquê e Eros, nasceu a Volúpia!"



♥ ♥ ♥


VOLÚPIA NOSSA

Tal qual Psiquê,
amei a ti,
Eros meu,
Deus e imortal,
sem nunca necessitar ver-te...

Tal qual Psiquê,
levada pela intriga
humana e mortal que sou
errei...
E por não confiar te perdi!

Tal qual Psiquê,
Andei pelas trevas
Fui torturada,
Humilhada...
Mas do teu amor jamais desisti!

Tal qual Psiquê,
Em busca da beleza
Tão, tão ilusória...
Desci aos infernos
Caronte e Cérbero enfrentei...

Tal qual Psiquê
foi flechada por Eros,
Fui flechada pelo teu amor!
Amor que me deu, como a ela
a divindade e a vida eterna...

Hoje, assim como Eros
foi ao encontro de sua amada...
Aguardo que venhas ao meu!
Que faça do meu sorriso o teu...
Que desfaça todas as mágoas!

Tal qual Psiquê
Espero o enlace final, o esplendor
E a semente mais do que preciosa...
Traga-me, plante em mim a Volúpia,
filha nossa, fruto desse imenso amor!


2 comentários:

  1. Olá Nat ,"PSIQUÊ E EROS" é realmente um mito muito lindo e vc foi primorosa nos seus versos fazendo um ótimo entrelaçamento entre os personagens míticos.

    "Desci aos infernos
    Caronte e Cérbero enfrentei...",amei esse verso, por amor vc desceu até Hades, e enfrentou o cão tricéfalo ,magnifico.
    Um abraço

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