sábado, 10 de outubro de 2009

POEMA

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VESTIDA DE LUA

Sou minguante,
em meus caminhos errante,
no frenesi luto incessante,
pela felicidade constante.

Mas ela não chega...

Sou nova,
sentimento que não revoga,
em águas gélidas se afoga,
mas coração vem e renova.

Renovada então...

Sou crescente,
sou pura, sou indolente,
sou mulher, sou inocente,
sou criança, sou indecente.

Sou tudo, sou sempre...

Sou cheia,
cheia de intensidade,
de desejos e de maldade,
de luxúria e de veracidade.

Sou nada...

Mulher de fases,
sem quaisquer bases,
ao relento, sinto-me nua,
me visto de lua...

E vestida de lua sou mais...

Sou eclipse lunar,
não há nada que me impeça.
Sou desordem e caos,
sou fim que nunca começa...

Sou só isso,
sou o muito que importa,
o tudo que não interessa...


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Um comentário:

  1. Oi querida Germinal, lindo blog adorei tudo!
    Posso emprestar uma poesia sua? Sabe que gosto não? Que Deus continue iluminando sua inspiração!
    beijos, Gê.

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