sábado, 27 de fevereiro de 2010

SONETO

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DESASSOSSEGO

Tomada toda, pelo desassossego
Sob o domínio do tumulto constante
A impossibilidade do desapego
Incerteza e bem querer incessante.

Desejo aterrador de encontrar aconchego
Em teus braços, por um ínfimo instante
Donde hei de repousar sem pespego
E me torturar nesse amor viciante!

Quão necessário é viver essa dor?
Me faz sentir viva essa ferida de amor!
Lancinante; corrói, me fere de açoite...

Teu corpo trépido, meu contentamento!
Troco a vida pelo deslumbramento,
De te ter, por uma única noite...

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