segunda-feira, 1 de março de 2010

SONETO

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CIÚME

Teu ciúme possessivo, doentio e arraigado
Em teus princípios crassos, só faz ofender
Sem querer, cobre de amargor o ser amado.
Necessita até a última gota de fel beber?

Sobre teu amor, deposita o teu cunho irado
Despótico; exige além do que pode oferecer
Não vê que nessa busca será malogrado?
Eis que não há amor que sofra sem perecer.

Que o amor cega, mesmo sem ver, quem nega?
Mas insiste na sabedoria vã dos 'contidos'
Não germina o amor, mais uma vez o renega!

Sai e te refugia no ópio dos teus sentidos
Quando volta à razão, ignóbil, a nada se apega
Novamente o ciúme... Retorna a tempos idos...


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